Universidade.
Entrei nela uma vez. Não continuei: entrara por opinião alheia, e depois
examinei que seria uma carreira lucrativa.
Quem estuda apenas para ter, não
estuda para satisfazer algo além de ambição, e quem estuda por indicação,
apenas desfruta de um momento de alienação. Pode estar jogando como numa
loteria, deixando-se levar pela sorte.
Bem-aventurado
é o ser humano que sabe o que quer, que tem objetivos, que escolhe conforme sua
liberdade e sua moral e reflete nas escolhas.
Reflita:
És livre? Nunca passaste por
nenhum momento de alienação? Decidiu durante todos os momentos da sua vida por si
mesmo? Quem é livre? Quero conhecê-lo.
Para um homem alienar-se, será
necessário que ele consinta que alguém tome suas decisões ou que tirem sua
capacidade de escolha ou enxergar a variedade das escolhas em determinadas
situações.
Sempre pode acontecer de alguém tomar
decisões que foram automáticas, que vieram de fora. Muitas decisões são induzidas
pela mídia, pela cultura, pela religião, pela ciência, pelo direito, ética e
etc. Se leio e faço daquela opinião que me foi apresentada uma verdade
absoluta, posso estar me alienando, ao não ser que seja uma verdade indubitável.
Então o homem para ser realmente
humano no sentido da palavra, necessita de uma práxis, isto é:
“prática real atravessada pela subjetividade” (1)
Práxis é agir pensando, fazer
algo refletindo. É necessário que o homem questione sobre o que esteja ao seu
alcance, dentro de sua capacidade que reflexão, principalmente sobre aquilo que
facilmente aliena como os indutores de opinião citados acima.
Mas não é só a mídia que aliena. A
ambição também o faz. O homem pode se deixar levar pela ambição, deixar seu egoísmo
escolher na sua frente, como se fosse algo que ele tivesse de obedecer. Todos
querem uma vida digna e ser livres dignamente. Como posso ser digno se já
comecei com ambição? Só quero que reflita nos “valores”.
Refletindo o homem fica cada vez
mais capaz de decidir, de sair do automático na hora das escolhas, assim é
preciso agir como na já falada dialética de Hegel. Automática é a decisão sempre
tomada rapidamente nos reflexos (afirmação). O homem pode mudar de atitude
parar e refletir um pouco se a tomada de decisão automática (primeira resposta
que lhe vem à mente) é mesmo a melhor (negação). O homem reflete finalmente
examinando a ocasião (superação).
Referência:
1 1-
Severino, Antonio Joaquim. A ética. In:
Filosofia. 2°ed. Cortez editora.2007. p.193
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