De que adianta os toques nos meus ombros
E que importa toda dignificação
Se pelas costas expõe meus escombros
Para os outros te darem atenção
Para quê olhar a rua vazia
Procurar brecha, uma falha
Sentar-se ao ar e querer todo dia
Ouvir anúncios de coitados à mortalha
Em acidentes enchem a via, curiosos
Como se em fome, examinam a carne crua
Ao som de brados dolorosos
Do infortunado prostrado em suja rua
Pedindo a um deus que exista, o ampare
E um daqueles que escute o triste som
Que o ajude e que livre destes males
Fazendo ao infeliz algo de bom
Enquanto a humanidade é consumida
Por um mal desencantado e ainda triste
Pois peço a este deus se é que existe
Que livre destas maldades a nossa vida
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