domingo, 26 de dezembro de 2021

Peço ao deus se ele existe

 

De que adianta os toques nos meus ombros

E que importa toda dignificação

Se pelas costas expõe meus escombros 

Para os outros te darem atenção

 

Para quê olhar a rua vazia

Procurar brecha, uma falha 

Sentar-se ao ar e querer todo dia

Ouvir anúncios de coitados à mortalha 

 

Em acidentes enchem a via, curiosos

Como se em fome, examinam a carne crua

Ao som de brados dolorosos

Do infortunado prostrado em suja rua

 

Pedindo a um deus que exista, o ampare

E um daqueles que escute o triste som

Que o ajude e que livre destes males

Fazendo ao infeliz algo de bom

 

Enquanto a humanidade é consumida

Por um mal desencantado e ainda triste 

Pois peço a este deus se é que existe

Que livre destas maldades a nossa vida 

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