sábado, 23 de fevereiro de 2019

A Velha Intenção


       Muito me questiono acerca das conversas religiosas.
        Quando revelo um pouco de conhecimento bíblico, recebo convites de congregantes a participar da seita pertencente a eles.
        Incomoda-me esta sede de aceitação e apoio religioso. Parece-me que eles sentem um sentimento de vitória ao atrair alguém para o convívio igrejeiro. Mas o convite é sempre recusado. Não sou do tipo igrejeiro. Na verdade tenho uma critica a estes.
        Não posso dissertar acerca da existência de Deus ou mesmo do homem. Mas me parecem infantis algumas crenças vindas de engenharia social. Além das crenças vindas de livros, existe a má interpretação da leitura, ou, pior ainda, o desconhecimento daquilo que se defende.
        Parece-me infame defender um sagrado desconhecido. É um tiro no escuro. Nunca se sabe aonde acertará.
        Os convites “sofridos” por mim fazem-me pensar em como olhar o mundo assombrado pelos “deuses”. Os cito em plural, pois a entidade “deus ou deusa” tem muitas vertentes mesmo no monoteísmo.
        Os deuses das pessoas me parecem vir de uma obrigação imposta sobre estas, ou no conformismo em que sofreram desde a infância, pois, sendo levadas para as instituições religiosas desde cedo, sofrem doutrinação e, com esta, vem resistências “naturais”.
        Mas que são estas resistências naturais?
        Simples. Resistência para com a reflexão acerca de suas crenças “populares” (estou usando muitas aspas neste texto J).
        Mas isso quer dizer que estas pessoas são menos inteligentes?
        NÃO. Não posso dizer que estes religiosos natos são assim, mas posso dizer que tem uma prisão a mais.
        Não se fazendo livres para saírem e voltarem criticam aqueles que vão e vem.
        Não me ponho acima destes. Mas não me sinto parecido com estes. Também não sinto que a presença destes dignifica-me.
        Às vezes o mundo fica solitário quando se pensa só, mas a solidão também tem frutos positivos. Quê será do homem sem seus momentos de solidão?
        A meu ver o primeiro fruto da solidão é a “não influencia”. Não ser influenciado é ter um grau de liberdade a mais. Quando você está em um ambiente com pessoas falando sobre um assunto geralmente inconclusivo, pode ser que alguém te dê uma conclusão com premissas falsas, que podem levar-te ao erro. Existem erros que são senso comum, o que prova que erros podem ser duráveis. Influências negativas geram erros duráveis.
         Se uma pessoa o convida para o convívio de oratórias enganosas, elas vão te levar ao erro. Se o estudo te mostra o contrario do que falam, o lugar é enganoso. Simples. Não insista no erro por esperança. Esperança de sobreviver depois da vida. Ela não é o suficiente para fazer um ser não muito durável procurar mentiras confortantes.

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