Muito me questiono
acerca das conversas religiosas.
Quando
revelo um pouco de conhecimento bíblico, recebo convites de congregantes a
participar da seita pertencente a eles.
Incomoda-me
esta sede de aceitação e apoio religioso. Parece-me que eles sentem um
sentimento de vitória ao atrair alguém para o convívio igrejeiro. Mas o convite
é sempre recusado. Não sou do tipo igrejeiro. Na verdade tenho uma critica a
estes.
Não
posso dissertar acerca da existência de Deus ou mesmo do homem. Mas me parecem infantis
algumas crenças vindas de engenharia social. Além das crenças vindas de livros,
existe a má interpretação da leitura, ou, pior ainda, o desconhecimento daquilo
que se defende.
Parece-me
infame defender um sagrado desconhecido. É um tiro no escuro. Nunca se sabe
aonde acertará.
Os
convites “sofridos” por mim fazem-me pensar em como olhar o mundo assombrado
pelos “deuses”. Os cito em plural, pois a entidade “deus ou deusa” tem muitas
vertentes mesmo no monoteísmo.
Os
deuses das pessoas me parecem vir de uma obrigação imposta sobre estas, ou no
conformismo em que sofreram desde a infância, pois, sendo levadas para as
instituições religiosas desde cedo, sofrem doutrinação e, com esta, vem resistências
“naturais”.
Mas
que são estas resistências naturais?
Simples.
Resistência para com a reflexão acerca de suas crenças “populares” (estou
usando muitas aspas neste texto J).
Mas
isso quer dizer que estas pessoas são menos inteligentes?
NÃO.
Não posso dizer que estes religiosos natos são assim, mas posso dizer que tem
uma prisão a mais.
Não
se fazendo livres para saírem e voltarem criticam aqueles que vão e vem.
Não
me ponho acima destes. Mas não me sinto parecido com estes. Também não sinto
que a presença destes dignifica-me.
Às
vezes o mundo fica solitário quando se pensa só, mas a solidão também tem
frutos positivos. Quê será do homem sem seus momentos de solidão?
A
meu ver o primeiro fruto da solidão é a “não influencia”. Não ser influenciado
é ter um grau de liberdade a mais. Quando você está em um ambiente com pessoas
falando sobre um assunto geralmente inconclusivo, pode ser que alguém te dê uma
conclusão com premissas falsas, que podem levar-te ao erro. Existem erros que
são senso comum, o que prova que erros podem ser duráveis. Influências negativas
geram erros duráveis.
Se uma pessoa o convida para o convívio de oratórias
enganosas, elas vão te levar ao erro. Se o estudo te mostra o contrario do que
falam, o lugar é enganoso. Simples. Não insista no erro por esperança. Esperança
de sobreviver depois da vida. Ela não é o suficiente para fazer um ser não muito
durável procurar mentiras confortantes.
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